ESG – Inclusão Produtiva!

Desafios para as gerações!

Agenda 2030. O desafio do mundo é ser sustentável. Isso é algo discutido a muito tempo. E agora a sustentabilidade ampliou a fronteiras além das questões climáticas, a questão abrange o mundo do trabalho e suas responsabilidades em diversas áreas.

Você provavelmente já ouviu falar em ESG? São as siglas do momento. Na verdade trata-se de uma revisão ou atualização da tão conhecida RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA, muito utilizada no passado. Agora, temos falado muito em ESG em todas as esferas sociais (governo, empresas e terceiro setor), mas afinal, o que é ESG?

Essa sigla foi apresentada pela primeira vez em 2005 na reunião da ONU, com a apresentação do relatório: “Who Cares Wins”(Quem se importa ganha), pensando e repensando a questão da sustentabilidade em três dimensões. A sigla é de origem americana: E(Environmental), S(Social) e G(Governance), ou em português: ASG (Ambiental, Social e Governança). 

  • (E) Fatores ambientais: tem a ver com o uso de recursos naturais e avaliação de riscos, como, por exemplo, emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes.

  • (S) Fatores sociais: relacionados à construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Considera temáticas como privacidade e proteção de dados, respeito à diversidade, iniciativas de acessibilidade e eliminação dos preconceitos na construção de políticas e relações de trabalho.

  • (G) Fatores de governança: diz respeito à existência de estruturas de segurança, controle da corrupção e de comitês de auditoria e fiscal, além de canais e práticas para assegurar a ética e transparência. 

Os ODS, que integram a Agenda 2030 da ONU, “são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade”.(extraído)

Podemos entender que, um complementa o outro. Analise as distribuições dos ODSs nas práticas do ESG:

Ambiental – (E) – água potável e saneamento (ODS 6), energia limpa e acessível (ODS 7), cidades e comunidades sustentáveis(ODS 11), consumo e produção sustentáveis(ODS 12), vida na água(ODS 14), vida terrestre(ODS 15), parcerias e meios de implementação(ODS 17).

Social – (S) – erradicar a fome(ODS 1), fome zero e agricultura sustentável(ODS 2), saúde e bem estar(ODS 3), educação de qualidade(ODS 4), igualdade de gênero(ODS 5), água potável e saneamento(ODS 6), trabalho descente e crescimento econômico(ODS 8), redução das desigualdades(ODS 10), cidades e comunidades sustentáveis(ODS 11), parcerias e meios de implementação(ODS 17).

Governança (G) – igualdade de gênero (ODS 5), trabalho crescente e crescimento econômico (ODS 8), indústria inovação e infraestrutura(ODS 9), consumo e produção responsáveis(ODS 12), paz, justiça e instituições eficazes(ODS 16), parcerias e meios de implementação(ODS 17).

Percebemos como todos os ODSs estão interligados com a prática do ESG. Portanto, chegamos à conclusão de que, trata-se do impacto que o mundo corporativo tem ou terá a sociedade na sua totalidade. Essas práticas (ESG), tem mudado a rotina das empresas, pois elas estão preocupadas em se manterem no mercado, obtendo claro o lucro, mas também cooperando com a mudança que está acontecendo em todas as esferas já apresentadas acima.

E o que isso tudo tem a ver com o terceiro setor? Tudo! Porque o terceiro setor também faz parte de uma das divisões da sociedade, devendo adotar também as práticas do ESG, bem como, preocupar-se em relacionar-se com empresas que tenha esse compromisso. Para as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que ainda estão em crescimento é tentador receber doações de empresas nacionais ou multinacionais, mas importante analisar a sua estrutura. Pode parecer loucura, mas receber apenas o dinheiro não deve ser o mais importante para a OSC, mas saber a sua origem e motivação do mesmo são fundamentais para implementar parcerias novas que de fato sejam relevantes na sociedade e não comprometa o nome, causa, identidade, objetivos da OSC.

Assim como as empresas analisam as estruturas das OSCs, devemos fazer o mesmo quando uma empresa procurar uma OSC para qualquer relacionamento.

Desafio, não é? Sim, mas somos agentes de transformação social, ambiental e corporativa. Seria paradoxo aturamos de outra forma. Então, cuidado, atente-se as práticas estabelecidas, envolva-se, envolva o time da OSC, a comunidade local, e estejamos todos comprometidos com proposta de uma sociedade mais justa, digna, igualitária e responsável.

(Fonte: https://www.politize.com.br/esg/)

Explore seu inglês:

leia o relatório “WHO CARES WINS?” https://documents1.worldbank.org/curated/en/280911488968799581/pdf/113237-WP-WhoCaresWins-2004.pdf

Susana Barbosa da Silva Matos

Empreendedora Social – https://www.instagram.com/dicas3setor/

Contato: dicas3setorong@gmail.com